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domingo, 15 de maio de 2011

JORNAL NACIONAL EM MAIS UM ABSURDO DA IMPRENSA BRASILEIRA

Ao contrário de algumas postagens que aqui publico, esta deve ser lida por completo, se o leitor não quiser 'sair' com uma visão equivocada ou 'fazer feio' na hora de comentar aqui ou em qualquer outro lugar.

JORNAL NACIONAL EM MAIS UM ABSURDO DA IMPRENSA BRASILEIRA

Escrevo esta postagem com um sentimento de indignação e nojo. A imprensa brasileira mais uma vez dá mostra de sua ignorância. Quem "paga o pato"? A população como um todo, que não tem acesso a informações completas, e sim fragmentadas e dispostas de forma tendenciosa; não por impossibilidade concreta de acesso a tais informações [a internet está aí para isso], mas sim por uma cultura comodista que lhe foi ensinada.

Hoje (15/05/11) eu soube de uma reportagem exibida em destaque pelo Jornal Nacional na última sexta-feira, dia 13. O título, bem sugestivo, diz: "MEC defende que aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta". Em seguida, o subtítulo completa: "O livro de português distribuído pelo Ministério da Educação defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada.".

Pois bem. Antes de exibir a reportagem, por escrito e em vídeo, e antes mesmo de mostrar a resposta de Marcos Bagno, professor da UNB e doutor em Linguística, ao Jornal Nacional vou tecer algumas considerações sobre o estudo da língua; a propósito, o que falarei aqui não é nenhuma novidade para a linguística e já foi repetido em várias de minhas postagens aqui no blog:
* As citações em vermelho foram retiradas do artigo "O Preconceito Lingüístico na sala de aula: atitudes de professores e alunos de 7ª e 8ª séries diante da variação lingüística", escrito por mim, Diogo Xavier, junto com Ricardo Andrade e Priscila Nunes, sob orientação de Gláucia Nascimento.

1. Todas as línguas mudam com o passar do tempo e variam geográfica e socialmente. Segundo Possenti, (apud Faraco; Tezza, 2005, p.16), a respeito da língua, dois fatos devem ser levados em conta: “a) [...] não existe nenhuma sociedade [...] na qual todos falem da mesma forma; b) a variedade lingüística é o reflexo da variedade social e, como em todas as sociedades existe alguma diferença de status [...], essas diferenças se refletem na língua”.
Em outras palavras: todas as línguas possuem variações linguísticas em um mesmo momento histórico (sem contar as mudanças ao longo do tempo). Por uma questão social, a variedade linguística usada pelas pessoas de maior capital financeiro e cultural possui um status maior, e por isso é chamada de variedade culta. Já o falar das pessoas com menor capital cultural / financeiro é chamado de variedade popular e sofre historicamente uma rejeição por parte da elite. O que não significa dizer que uma delas é correta e a outra errada.

2. os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados pelo Ministério da Educação, reconhecem a existência do preconceito lingüístico e os prejuízos que acarreta na sala de aula:

O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola [...] Para isso, e também para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma “certa” de falar ─ a que parece com a escrita ─ e o de que a escrita é o espelho da fala [...] Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno [...] denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos, por mais prestígio que um deles tenha em um dado momento histórico. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 2000, p.31).
Coincidência: esse trecho foi citado pela reportagem; e vejam(!), é de 2000. Por que deveria existir uma polêmica em algo tão 'antigo'? Fato: a escrita passou a existirm muito tempo depois da fala. Então por que a fala deveria ser subordinada à escrita? A língua é um fenômeno vivo e só funciona em situações concretas de comunicação; e essa é sua função: comunicar.

3. Assim, “todas as sentenças produzidas pelos falantes de uma língua são bem formadas, independentemente de serem próprias da chamada língua-padrão ou de outras variedades” (BORTONI-RICARDO, 2004, p.71). Bagno defende que à escola cabe “levar os alunos a se apoderar também das regras lingüísticas que gozam de prestígio, [...] adquirir uma competência comunicativa cada vez mais ampla e diversificada ─ sem que nada disso implique a desvalorização de sua própria variedade lingüística”. (apud Bortoni-Ricardo, 2004, p.9). A competência comunicativa vai permitir ao falante “saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa”.(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 2000, p.31-32).
Competência comunicativa é a palavra-chave. O falante deve conhecer a norma linguística de prestígio (a norma culta) e também dominar a variedade linguística que ele aprende no dia-a-dia, em situações informais de comunicação. Em posse disso, ele vai adequar a sua fala de acordo com a situação. É como se fosse roupa: podemos usar terno, calça social e sapato num casamento, num trabalho, mas esse traje não se adequa à praia, por exemplo, onde seria adequado usar chinelos, bermuda, camiseta.


Vamos, então, à reportagem (com comentários).






Um livro de português distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) para quase meio milhão de alunos defende que a maneira como as pessoas usam a língua deixe de ser classificada como certa ou errada e passe a ser considerada adequada ou inadequada, dependendo da situação.
Em primeiro lugar, não é "um livro de português" que defende isso, são centenas [arrisco dizer milhares] de estudos e trabalhos acadêmicos. A reportagem tenta dar a isso um ar de indecência, usando o número de alunos que receberam o livro e pelo tom em que o jornalista(?) fala [como quem diz: assaltantes explodem mais um caixa eletrônico.]
Na semana em que o Jornal Nacional tem discutido os maiores problemas do Brasil na educação, os argumentos da autora do livro e as reações que provocaram estão na reportagem de Júlio Mosquéra.
O fato de os problemas da educação brasileira serem discutidos durante a semana dá a entender que a abordagem do livro é mais um desses problemas. Mais um exemplo de tendenciosismo, que influenciou milhares ou milhões de brasileiros que assistiram à matéria. Outro ponto: reações de quem??? Só se for dos jornalistas, para quem a linguística é o estudo da fonética e fonologia.
A defesa de que o aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma correta está na página 14 do livro “Por uma vida melhor”. O Ministério da Educação aprovou o livro para o ensino da língua portuguesa a jovens e adultos nas escolas públicas.
Para sua informação, sr. jornalista, todas as sentenças proferidas por um usuário da língua materna seguem uma gramática, que é o conjunto de regras que regem a variedade linguística em uso. Faz parte da gramática da variedade linguística popular, por exemplo, a regra de que, para indicar o plural, basta que uma das palavras da frase seja pluralizada (a primeira, geralmente), como no exemplo que a reportagem dará a seguir. Por outro lado, não conheço nenhum falante nativo que diga "O menina saíram", porque não faz parte da gramática de nenhuma variedade da língua.
Ele apresenta a frase: "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", com a explicação: "Na variedade popular, basta que a palavra ‘os’ esteja no plural". "A língua portuguesa admite esta construção".
A orientação aos alunos continua na página 15: "Mas eu posso falar 'os livro'?". E a resposta dos autores: "Claro que pode. Mas com uma ressalva, ‘dependendo da situação a pessoa corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico'".
Reitero: PODE, se a situação de uso da língua permitir - na praia, com os amigos, ADEQUADO. Numa entrevista de emprego, INADEQUADO.
Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, disse que a intenção é mostrar que o conceito de correto e incorreto deve ser substituído pela ideia de uso adequado e inadequado da língua. Uso que varia conforme a situação. Ela afirma que não se aprende o português culto decorando regras ou procurando o significado de palavras no dicionário.
 E ela está certa. Se fosse possível aprender a norma culta com regras e dicionário, o professor da língua materna seria dispensável. Ou não. Ainda assim, seria preciso aprender a articular essa norma com a norma popular para saber adequar à situação.
“O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça”, declarou ela.
Não é novidade. Ainda há muitos professores que não colocam isso em prática, mas novidade não é.
O Ministério da Educação informou em nota que o livro “Por uma vida melhor” foi aprovado porque estimula a formação de cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade. Segundo o MEC, é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e que a escrita deve ser o espelho da fala.
O jornalista demostra sua falta de conhecimento da norma culta com uma falha no paralelismo, o que causa confusão no entendimento. O MEC não afirma que a escrita deve ser o espelho da fala, como dá a entender, e sim que "é preciso se livrar do mito de que existe apenas uma forma certa de falar e DO MITO DE que a escrita deve ser o espelho da fala."
O Ministério da Educação disse que a escola deve propiciar aos alunos jovens e adultos um ambiente acolhedor no qual suas variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas, para que os alunos tenham segurança para expressar a "sua voz".
A doutora em sociolinguística Raquel Dettoni concorda que é preciso respeitar o falar popular, que não pode ser discriminado. Mas ela enfatiza que a escola tem um objetivo maior, que é ensinar a língua portuguesa que está nas gramáticas.
O uso do MAS denota que Raquel Denotti [que também deve ter sentido nojo da reportagem] vai de encontro ao pensamento da autora do livro, o que não é verdade. No livro, aliás, a norma culta é o objetivo maior, porém em articulação com a norma popular para ampliar a competência comunicativa do aluno. A reportagem, além disso, usa indiscriminadamente a palavra GRAMÁTICA, que pode ter vários significados, o que é ignorado pelo jornalista.
“Se a escola negligencia em relação a este conhecimento, o aluno terá eternamente uma lacuna quando ele precisar fazer uso disso no seu desempenho social. Nós não podemos desconsiderar que a função social da escola, com relação ao ensino de língua portuguesa, é - em princípio - prioritariamente ensinar os usos de uma norma mais culta”, destacou.
O Ministério da Educação informou ainda que a norma culta da língua portuguesa será sempre a exigida nas provas e avaliações.
Eu também exijo dos meus alunos a norma culta da língua portuguesa. E não há contradição nisso. É preciso dominar a norma de prestígio e a norma popular, para que o aluno possa adequar sua linguagem ao máximo de situações comunicativas possível.

O link para a reportagem sem meus comentários:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/05/mec-defende-que-aluno-nao-precisa-seguir-algumas-regras-da-gramatica-para-falar-de-forma-correta.html


ACREDITO QUE, ATÉ AQUI, A POSTAGEM FOI SUFICIENTE PARA ESCLARECER O QUE HÁ DE ABSURDO NA REPORTAGEM DO JN. Mas ainda sinto necessidade de expor a ótima resposta de Marcos Bagno, doutor em Linguística e autor de vários livros sobre variação linguística, ensino da língua portuguesa, precoceito linguístico, norma culta, etc.




POLÊMICA OU IGNORÂNCIA? DISCUSSÃO SOBRE LIVRO DIDÁTICO SÓ REVELA IGNORÂNCIA DA GRANDE IMPRENSA

Marcos Bagno
Universidade de Brasília
Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de
petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela — devidamente fossilizada e conservada em formol — que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.
A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.
Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais
vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles — se julgarem pertinente, adequado e necessário — possam vir a usá-la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então? 


Eis, a seguir, a página do livro que causou a suposta polêmica. Clique para ampliar.
 
Abraço a todos

Professor Diogo Xavier

6 comentários:

  1. Parabéns, Diogo! Precisamos mesmo mostrar quem e que sabe sobre o que fala. Um abraço, com admiração. Gláucia

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  2. Aprovado e compartilhado! Todos devem ser contra toda e qualquer forma de jornalismo tendencioso.

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  3. Se tudo pode na língua portuguesa, então por que perdemos nosso precioso tempo na escola? Brincadeira, viu...

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  4. Pois é, Elis. E o repórter ainda discorda quase que explicitamente do conceito de ADEQUAÇÃO, no momento que diz "MEC defende que aluno não precisa seguir algumas regras da gramática para falar de forma CORRETA".

    E se, segundo a imprensa, nós só podemos usar a variedade da língua que aprendemos na escola, devemos todos jogar fora nossos chinelos, nossas camisetas, bermudas, shorts, saias, sandálias abertas e tênis. Só é CORRETO, seguindo a lógica do jornalista, usar sapato fechado, camisa de mangas longas e de botão, calça social, etc., independente do contexto.

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  5. Concordo com a coragem e capacidade dos autores do livro em tentar desmitificar um tema recorrente em salas de aula do Brasil.
    Acho muito válida o post, aqui feito pelo professor. Parabéns!

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  6. Concordo... Nada contra a norma culta, mas venhamos e convenhamos as variedades linguísticas precisam ser respeitadas.
    Não sei exatamente se cabe, mas eu julgaria que aí há um caso de Analfabeto funcional ...

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