O SERMÃO DE NASRUDIN
(Séc. XIV - Turquia)
Certo dia, os moradores de um pequeno lugarejo quiseram pregar uma peça no Mullá Nasrudin. Na época ele já era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, e então, para testá-lo, resolveram convidá-lo para fazer um sermão na mesquita. Nasrudin concordou.
No dia marcado, ele subiu ao púlpito e falou:
- Ó, fiéis! Vocês sabem sobre o que eu vou falar para vocês?
- Não, não sabemos - responderam eles, em coro.
- Já que não o sabem, não poderei vos falar nada. Gente ignorante, isso é que vocês todos são. Assim não é possível começar o que quer que seja - disse o Mullá, bastante indignado com a ignorância daquela gente que o fazia perder tempo.
Para surpresa geral, Nasrudin desceu do púlpito e foi para casa.
Dias depois, um pouco envergonhados, formaram uma comissão de fiéis que seguiu até a casa de Nasrudin para, mais uma vez, convidá-lo para fazer o sermão da sexta-feira seguinte, dia da oração.
Nasrudin subiu ao púlpito e começou o sermão com a mesma pergunta da semana anterior:
Desta vez a congregação respondeu em coro:
- Sim, Mullá, sabemos.
- Neste caso - disse Nasrudin -, não existe razão para prender-vos aqui por mais tempo. Podem se retirar.
E voltou para casa.
Por fim, conseguiram persuadi-lo a fazer o sermão da sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta:
- Sabem ou não sabem?
A congregação, julgando-se preparada, respondeu:
- Alguns sabem e outros não.
- Ótimo - disse Nasrudin -, já que é assim, que aqueles que sabem transmitam o que sabem para aqueles que não sabem.
E foi para casa.
No dia marcado, ele subiu ao púlpito e falou:
- Ó, fiéis! Vocês sabem sobre o que eu vou falar para vocês?
- Não, não sabemos - responderam eles, em coro.
- Já que não o sabem, não poderei vos falar nada. Gente ignorante, isso é que vocês todos são. Assim não é possível começar o que quer que seja - disse o Mullá, bastante indignado com a ignorância daquela gente que o fazia perder tempo.
Para surpresa geral, Nasrudin desceu do púlpito e foi para casa.
Dias depois, um pouco envergonhados, formaram uma comissão de fiéis que seguiu até a casa de Nasrudin para, mais uma vez, convidá-lo para fazer o sermão da sexta-feira seguinte, dia da oração.
Nasrudin subiu ao púlpito e começou o sermão com a mesma pergunta da semana anterior:
Desta vez a congregação respondeu em coro:
- Sim, Mullá, sabemos.
- Neste caso - disse Nasrudin -, não existe razão para prender-vos aqui por mais tempo. Podem se retirar.
E voltou para casa.
Por fim, conseguiram persuadi-lo a fazer o sermão da sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta:
- Sabem ou não sabem?
A congregação, julgando-se preparada, respondeu:
- Alguns sabem e outros não.
- Ótimo - disse Nasrudin -, já que é assim, que aqueles que sabem transmitam o que sabem para aqueles que não sabem.
E foi para casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Tem opinião? Então escreva!!!